Na era das redes sociais e dos padrões inalcançáveis estabelecidos pela mídia, muitas pessoas entram em uma busca pelo corpo perfeito. Hoje, a Dra. Vanessa Tonolli explora o Transtorno Dismórfico Corporal (TDC) e os prejuízos para a saúde física e mental.
O TDC é uma doença mental na qual uma pessoa fica obcecada por imperfeições ou defeitos percebidos na própria aparência. Assim, o indivíduo diagnosticado com essa condição passa a sofrer excessivamente e, em alguns casos, isso pode ser incapacitante.
Além disso, a doença causa comportamentos repetitivos, como olhar várias vezes para o espelho. Também é comum o aparecimento de depressão, ansiedade, comportamentos suicidas e dependência de álcool e drogas.
O TDC afeta entre 1,7% e 2,9% da população e é mais comum em mulheres. Ainda, é comum que esse transtorno comece na adolescência, podendo ocorrer de forma gradual ou súbita.
É comum que pessoas com TDC passem horas analisando a aparência, tenham comportamentos compulsivos, se comparem constantemente com os outros e evitem situações com interação social e fotografias.
A existência de padrões de beleza não é novidade, mas continua interferindo na maneira como as pessoas se veem. Atualmente, esse efeito pode ser potencializado pelo uso de redes sociais, filtros e a popularização de procedimentos estéticos.
Ao mesmo tempo, com a comparação nos meios online, muitas pessoas passam a enxergar defeitos ou desejar mudanças corporais. O objetivo costuma ser se parecer com celebridades, influenciadores e blogueiras.
No entanto, o público não parece consciente de que as imagens e vídeos que rodam pelas plataformas são moldadas e, muitas vezes, sequer refletem a realidade. Por isso, é essencial prestar atenção no quanto a busca por ideias nos afeta.
Nos primeiros sinais de que a preocupação com a aparência está demais, é preciso buscar apoio de um psiquiatra ou psicólogo. Os profissionais são essenciais para a escolha da melhor forma de tratar a condição e melhorar a qualidade de vida.
Atualmente, os tratamentos são feitos com uso de antidepressivos e aplicação de técnicas de terapia. Essas intervenções auxiliam a pessoa a ter noções mais reais sobre a aparência física e diminuir comportamentos repetitivos e autodestrutivos. Logo, com o cuidado necessário, é possível restabelecer uma vida normal e saudável.