Os músculos do nosso rosto são divididos em 2 grupos: os que “puxam tudo pra baixo” (chamados de depressores) e os que levantam nossa expressão (chamados de elevadores).
Temos muito mais músculos depressores do que elevadores e, ao longo dos anos de vida, isso fica evidente porque nossa face “derrete” com o envelhecimento – em parte, devido a essa ação.
Se relaxamos os músculos depressores da face, diminuindo sua força de puxar pra baixo, ao mesmo tempo em que deixamos “livres” os elevadores pra que eles continuem “levantando” nossa expressão – e se fizermos isso ao longo de vários anos – então você terá o efeito preventivo da toxina botulínica.
É como se o nosso rosto fosse um “cabo de guerra” em que o grupo dos que “derrubam tudo pra baixo” sempre ganhasse. E quando a gente utiliza a toxina botulínica CORRETAMENTE (isto é, sem atrapalhar os músculos levantadores), a gente “vira o jogo” e consegue fazer um efeito de lifting facial a curto, médio e longo prazo.
Você percebeu que, em nenhum momento, eu mencionei a palavra “rugas”? Porque, ao contrário do que muita gente pensa, o principal objetivo desse tratamento não é sumir com todas as rugas, mas sim promover um efeito lifting duradouro. É claro que, durante esse processo, as rugas são amenizadas. No entanto, mesmo depois que elas voltam, você não deixou de ter o benefício a médio e longo prazo.
Vou dar um exemplo: Fernanda tem 34 anos e começou a fazer toxina. Ela consegue fazer o tratamento anualmente apenas. Vamos dizer que a toxina dura entre 4 a 6 meses para a Fernanda. Quando ela tiver 44 anos, ela terá ficado de 40 a 60 meses sob uma ação reduzida dos músculos depressores da face e relativamente aumentada dos elevadores. Isso vai resultar em menos rugas e menos “derretimento” da face, que estará mais descansada e com uma aparência mais jovial.
Agora ficou mais fácil entender porque esse é um dos principais tratamentos que utilizamos para o manejo do envelhecimento.